Resumo
O presente estudo visou avaliar o impacto de um programa de estimulação cognitiva em idosos diagnosticados com demência. A amostra foi composta por 22 participantes com idades entre os 73 e os 95 anos, divididos aleatoriamente num grupo experimental (N = 12) e num grupo de controlo (N = 10). Embora não se tenham observado diminuições estatisticamente significativas nas dimensões estudadas, registaram-se ganhos clinicamente relevantes: 41.70% na cognição, 41.60% na qualidade de vida e 8.3% nas competências funcionais. Apesar de não existirem intervenções terapêuticas que tenham revertido com sucesso a demência, os profissionais de saúde relataram melhorias nas interações sociais dos participantes, nos seus comportamentos e no envolvimento nas rotinas institucionais diárias. Estas observações sugerem benefícios tangíveis da participação no programa. É importante notar que os funcionários que trabalham diariamente com estes pacientes observaram estas melhorias, apesar da ausência de resultados estatisticamente significativos. Esta discrepância realça as potenciais limitações de se depender exclusivamente de medidas quantitativas na avaliação da eficácia de tais intervenções. Em conclusão, o programa de estimulação cognitiva mostra-se promissor como uma ferramenta potencial para retardar os processos degenerativos associados à demência, particularmente em áreas que podem não ser totalmente captadas por avaliações quantitativas padrão. Investigações adicionais com amostras maiores e medidas mais sensíveis poderão ser justificadas para compreender plenamente o impacto do programa.

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